A saúde pública no Brasil tem sido ao longo dos anos, a fonte norteadora de centenas de debates entre autoridades e especialistas, isso devido à precariedade nos serviços oferecidos a população oriunda das classes C e D.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde deve ser considerada como uma condição de bem-estar físico, psíquico e social. Mas a sociedade reconhece que a saúde pública no nosso país vai de mal a pior, talvez esteja em seu estado terminal, poucos são os recursos aplicados para atender toda a demanda e garantir um serviço de qualidade.
Notadamente, a crise aguda que afeta a saúde pública brasileira e que perdura por décadas é uma realidade vergonhosa que sacrifica aqueles que não podem usufruir de um plano de saúde ou de atendimento médico privado.
Na opinião da estudante Priscila Costa é preciso levar a saúde a sério, muitas pessoas estão morrendo, outros estão padecendo sem assistência, até quando irão brincar com a saúde pública no nosso país?
Segundo levantamento da OMS com base na qualidade da saúde pública oferecida aos cidadãos, o Brasil ocupa o 125 lugar no ranking mundial entre 191 países, a pesquisa revela ainda que o país do carnaval nessa qualificação perde para a Bósnia e Líbano e se iguala ao Egito e essa realidade é comprovada nas imensas filas nos ambulatórios, na falta de leitos nos hospitais públicos, na falta de medicamentos e na falta de profissionais para oferecer aos mais carentes um atendimento digno e humano.
A aposentada Socorro dos Anjos acredita que a população mais pobre está esquecida. Precisar de um atendimento em hospitais públicos é um verdadeiro tormento. Eles não respeitam os idosos.
É evidente que os caciques políticos ignoram a crise na saúde pública. A Constituição Federal em seus artigos 196 e 197 determinam que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Sob essa ótica, percebe-se entretanto, que ainda falta muito para a saúde se tornar uma prioridade no nosso país, considerando que o número de usuários da rede pública está com a sobrecarga de cerca de 30% em relação ao número de atendimento que seria possível atender sem aquelas filas de espera.
Em Sergipe, a exemplo de outros estados, os hospitais da capital e do interior do estado retratam uma realidade injusta e cruel, os poucos profissionais contratados não conseguem vencer a demanda que necessita de atendimento emergencial, muitos sergipanos morrem como indigentes outros retornam para suas residências sem uma assistência adequada.
Na prática o SUS é um sistema falido, com o desaparecimento de seus recursos, pacientes têm uma assistência desumana, as doenças mesmo as mais comuns se proliferam por todo país, vitimando crianças, jovens, adultos e idosos. E em outra vertente seus profissionais sem estrutura adequada de trabalho, com salários defasados e com sobrecarga de funções também são sacrificados, massacrados. Resta-nos apenas um único questionamento, por onde andam os recursos para a saúde pública de qualidade?